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Poemas Homoeróticos Escolhidos, de Paulo Azevedo Chaves e Raimundo de Moraes. INDEX ebooks, 2014 Revisão de texto e tradução: Paulo Azevedo Chaves e Raimundo de Moraes - Projeto Gráfico e Capa: Roberto Portella - Desenho de Capa: Pastel (1975), Luís Caballero (Colômbia) - Desenho de Contracapa: Bico De Pena (1991), Cavani Rosas (Brasil) - Ilustrações: Federico Undiano (1966, Argentina); Arlindo Daibert (1952, Brasil); Roberto Portella (1991, Brasil); Jim (1991, Brasil); Miguel Angel Rojas (1974, Colômbia) Copyright © Paulo Azevedo Chaves e Raimundo de Moraes, 2011; Todos os direitos reservados. ISBN: 978-989-8575-41-8 (ebook)ISBN: 978-989-8575-42-5 (papel) |
Poemas Homoeróticos Escolhidos
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O Amor não se ImprovisaPus a cabeça em seu regaço
cingiu-me o corpo com o braço. Tirou-me as vestes, despiu-se de recato. O amor, porém, não se improvisa E o beijo, se frio, martiriza. Foi tudo embaraçoso e muito chato. Paulo Azevedo Chaves
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MasôÉ um número 42
de pele alva e unhas perfeitas É um número 42 para ser lambido e louvado Rastejo, babo os dedos longos (se pisar em mim eu me apaixono) Aymmar Rodriguéz
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A Propósito de Meus Poemas Recentes
Ao escrever os versos de Show Sadomasoquista de Dois Jovens Ianques, Pornô para Marcelo, A Todos Amei, Todos são Bem-vindos, Ejaculação Precoce, Taras Familiares e Agitos de Sábado à Noite, eu procurei seguir à risca o conselho de Keats no dístico final de sua bela Ode Sobre uma Urna Grega, onde está escrito: “Beleza é verdade, verdade, beleza, – isso é tudo / Que sabeis na terra e tudo que precisais saber”. O que muitos certamente enxergarão como vulgaridade, indecência, obscenidade, para mim nada mais é do que a busca de uma linguagem visceral em consonância com o que pretendo exprimir – a realidade nua e crua do sexo, que deve prescindir de eufemismos e de termos e construções verbais bem comportados e/ou eruditos para descrevê-la e para exprimi-la. Entre quatro paredes, os homens, via de regra, transam como gatos – com brutalidade e sem meias ações, deixando aflorar o instinto despojado das barreiras do convencionalismo. Para descrever esse momento íntimo e brutal do sexo, seja ele homo ou heterossexual, usei uma linguagem igualmente íntima e brutal e, desse modo, na verdade do verbo encontro a beleza preconizada por Keats. Pois para mim, embora nem sempre beleza seja verdade, Verdade (com V maiúsculo) é sempre beleza.
~ Paulo Azevedo Chaves
Ao escrever os versos de Show Sadomasoquista de Dois Jovens Ianques, Pornô para Marcelo, A Todos Amei, Todos são Bem-vindos, Ejaculação Precoce, Taras Familiares e Agitos de Sábado à Noite, eu procurei seguir à risca o conselho de Keats no dístico final de sua bela Ode Sobre uma Urna Grega, onde está escrito: “Beleza é verdade, verdade, beleza, – isso é tudo / Que sabeis na terra e tudo que precisais saber”. O que muitos certamente enxergarão como vulgaridade, indecência, obscenidade, para mim nada mais é do que a busca de uma linguagem visceral em consonância com o que pretendo exprimir – a realidade nua e crua do sexo, que deve prescindir de eufemismos e de termos e construções verbais bem comportados e/ou eruditos para descrevê-la e para exprimi-la. Entre quatro paredes, os homens, via de regra, transam como gatos – com brutalidade e sem meias ações, deixando aflorar o instinto despojado das barreiras do convencionalismo. Para descrever esse momento íntimo e brutal do sexo, seja ele homo ou heterossexual, usei uma linguagem igualmente íntima e brutal e, desse modo, na verdade do verbo encontro a beleza preconizada por Keats. Pois para mim, embora nem sempre beleza seja verdade, Verdade (com V maiúsculo) é sempre beleza.
~ Paulo Azevedo Chaves
Sobre os autores
Paulo Azevedo Chaves nasceu no Recife, em 1936. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), jornalista e poeta, assinou no Diário de Pernambuco, nos anos 70/80, a coluna cultural Poliedro e também a coluna Artes e Artistas, especializada em artes visuais. Publicou diversos livros de poesia entre 1982 e 2011. Atualmente, trabalha como Consultor Adjunto e tradutor numa indústria em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.
Paulo Azevedo Chaves nasceu no Recife, em 1936. Bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), jornalista e poeta, assinou no Diário de Pernambuco, nos anos 70/80, a coluna cultural Poliedro e também a coluna Artes e Artistas, especializada em artes visuais. Publicou diversos livros de poesia entre 1982 e 2011. Atualmente, trabalha como Consultor Adjunto e tradutor numa indústria em Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco.
Raimundo de Moraes, jornalista e publicitário, é um dos editores do portal literário Interpoética. Vem da eclética geração do Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco, que agitou as ruas do Recife na década de 1980. Publicou dois livros de poesia e participou em diversas coletâneas. Recebeu os prémios Canon de Poesia 2010; Concurso Nacional Carlos Drummond de Andrade (Sesc-DF-seleção 2008) e Off-Flip 2008 (Paraty, RJ), onde obteve o primeiro lugar na categoria Poesia nacional-exterior.
(*) os preços para o Amazon Kindle são indicativos, uma vez que são estabelecidos pela própria Amazon.
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